Aproveitando a passagem de Taylor Swift pela primeira vez na América Latina, vamos explorar alguns eventos de sua vida e a de seus fãs. A partir dessas experiências, podemos tirar lições valiosas sobre como manter nossa segurança enquanto desfrutamos de suas músicas (Taylor's Version) e participamos de seus shows, com a tranquilidade de saber que estamos sempre protegidos.

Vamos começar do começo!

Todos que acompanham a carreira de Taylor Swift sabem o que aconteceu no VMAs em 2009, mas para quem é novo aqui vou dar um breve resumo.

Naquela noite, um dos prêmios mais aguardados era o de "Melhor Vídeo Feminino", onde Taylor, que tinha 19 anos na época, foi anunciada como a vencedora, e quando a mesma subiu ao palco para receber o prêmio, ela e a plateia ficaram chocadas quando West invadiu o palco e arrancou o microfone de suas mãos, interrompendo seu discurso de agradecimento para dizer que Beyoncé merecia o prêmio.

Em fevereiro de 2016, Kanye lançou seu álbum "The Life of Pablo", e uma das faixas, intitulada "Famous", chamou a atenção. Na letra, West difamou Taylor Swift e alegou que ele a tornou famosa. Rapidamente, Taylor se pronunciou sobre o verso, afirmando que nunca havia dado sua aprovação para a letra, apesar das afirmações de Ye de que tinha seu consentimento.

Em julho de 2016, Kim Kardashian, esposa de Kanye West na época, compartilhou uma suposta gravação de uma ligação entre Kanye e Taylor, na qual a cantora hipoteticamente aprovava a canção e encorajava o rapper a lançá-la. No entanto, mais tarde foi comprovado que a ligação havia sido manipulada e editada, e que Taylor Swift não havia mentido em sua declaração inicial.

O episódio envolvendo Taylor Swift, Kanye West e Kim Kardashian serve como um lembrete dos perigos da manipulação da informação no mundo digital e, por isso, destacamos a importância de sempre se manter atento ao decidir em quem confiar on-line. O caso demonstra como informações podem ser distorcidas e usadas de forma enganosa para influenciar a percepção pública e prejudicar a reputação de alguém. A era da internet e das redes sociais trouxe consigo uma abundância de informações e um fluxo constante de conteúdo, portanto, é essencial adotar uma abordagem crítica e cuidadosa ao consumir informações on-line.

A verificação rigorosa das fontes, a análise do contexto e a consideração de múltiplos pontos de vista são práticas fundamentais para discernir a verdade da falsidade. As deepfakes, a manipulação de áudio e a edição enganosa de mídia digital são apenas alguns exemplos de como a tecnologia tornou mais fácil distorcer a realidade. A confiança cega em fontes não verificadas e informações sem fundamento pode ter impactos significativos em nossa tomada de decisão, na formação de opiniões e até mesmo na nossa interação com o mundo.

Cuidado com quem você confia!

Taylor Swift chamou atenção do mundo em 2019 contra a venda da Big Machine Label Group, sua antiga gravadora, para a Ithaca Holdings. Vou incluir um pouco mais de Introdução a Taylor Swift.

O que a perturbou e a levou a publicar um longo comunicado foi o fato de que o proprietário da Ithaca Holdings era Scooter Braun, conhecido empresário ligado a artistas como Justin Bieber, Ariana Grande e, notavelmente, Kanye West.

No seu comunicado, Taylor descreveu as experiências desagradáveis que teve com Scooter Braun, incluindo alegações de bullying e manipulação. Ela mencionou incidentes passados, como a gravação manipulada foi uma das razões para Scooter, juntamente com outros de seus clientes, a atacaram na internet. Também citou o episódio em que Kanye West lançou um videoclipe controverso que a expunha de forma vexatória. Além disso, Taylor alegou que não tinha conhecimento do acordo de venda até que este fosse anunciado pela imprensa.

A aquisição da Big Machine Label Group por Scooter Braun e a situação envolvendo Taylor Swift ilustram como, ao tornarmos algo público na internet, muitas vezes perdemos o controle sobre nossos próprios dados e narrativa.

Quando informações pessoais, gravações ou documentos são compartilhados on-line, há o risco de que terceiros as utilizem de maneira inadequada, distorcendo-as ou explorando-as de formas que não consentimos. Essa vulnerabilidade ressalta a importância de uma abordagem cuidadosa e consciente em relação à gestão de nossos dados e à proteção de nossa privacidade na era digital. Mesmo quando algo é compartilhado com boas intenções, a internet pode transformá-lo em um ativo que pode ser usado contra nós, destacando a necessidade de cautela e conscientização em relação ao que compartilhamos publicamente.

Hoje a cantora deu a volta por cima, com suas regravações atingindo sempre o topo das listas da Billboard, batendo recordes de vendas mundiais e alavancando cada vez mais seu sucesso enquanto roda o mundo com sua turnê "The Eras Tour".

Melhor prevenir do que remediar

Hoje, Taylor Swift se destaca como um ícone de segurança de informações devido à sua abordagem proativa para proteger sua privacidade digital. Ela não apenas valoriza a privacidade pessoal, mas também compreende as ameaças à segurança on-line.

Em uma entrevista à Rolling Stone, Swift revelou que guardava a única cópia completa de seu albúm "1989" em seu iPhone e somente o ouvia com fones de ouvido, com medo de escutas telefônicas. Além disso, até Ed Sheeran contou sobre as medidas de segurança comparáveis às utilizadas pela Agência de Segurança Nacional dos Estados Unidos (NSA) em suas colaborações. Ed Sheeran explicou que uma música que eles trabalharam juntos foi entregue a ele em um iPad lacrado, sob medidas rígidas de segurança.

Essa revelação enfatiza o quão valiosas e sensíveis são as informações criativas na era digital e a importância de proteger seus trabalhos e de se conscientizar sobre os riscos cibernéticos e a proteção da privacidade em um ambiente digital em constante evolução.

Golpes durante compra de ingressos

Os fãs de Taylor Swift também não ficam para trás quando o assunto é cibersegurança. Ao anunciar a venda de ingressos para sua turnê, rapidamente os fãs começaram a denunciar páginas falsas e cambistas que aproveitaram a situação para aplicar golpes.

Segundo o Instituto Aaron Swartz, o site dos golpistas, que estava registrado como "taylorswifttheerastourbr.com", dava sinais de que algo estava errado. Vale observar que o verídico, da Tickets For Fun, tem este endereço: "taylorswifttheerastour.com.br". É importante ressaltar que o site aparecia com "https://" e tinha um certificado válido e seguro.

O phishing e a criação de sites falsos para a venda de ingressos são táticas enganosas que visam explorar a paixão e empolgação das pessoas por eventos e artistas como Taylor Swift. Os cibercriminosos muitas vezes criam sites que imitam os legítimos, enganando os compradores em potencial. Ao fornecer informações pessoais e financeiras, os indivíduos se tornam vítimas de roubo de identidade e fraudes financeiras. É fundamental que os fãs estejam cientes dessas ameaças e tomem medidas para verificar a autenticidade dos sites de compra de ingressos, confiando apenas em fontes oficiais e evitando clicar em links suspeitos em e-mails ou redes sociais.

O cambismo é uma prática ilegal que envolve a revenda de ingressos a preços inflacionados, frequentemente por intermediários não autorizados, tirando proveito da alta demanda por eventos. Isso não apenas encarece a experiência dos fãs, mas também pode resultar em ingressos falsificados, que podem deixar os compradores sem acesso ao evento. Para combater o cambismo, é importante que os fãs estejam atentos e comprem ingressos apenas de fontes confiáveis e autorizadas, evitando sites e vendedores não verificados.

Para saber mais sobre este assunto, confira este episódio do nosso podcast Conexão Segura:

Conclusão

Toda a trajetória de Taylor Swift e suas experiências relacionadas à cibersegurança nos lembram de que a proteção da privacidade e a segurança digital são essenciais na era da informação. A manipulação da informação, a criação de sites falsos para venda de ingressos e o cambismo são ameaças reais e a conscientização, a verificação de fontes e a proteção de dados pessoais são práticas vitais para evitar cair em armadilhas on-line e preservar a integridade de nossa privacidade.

Taylor Swift serve como um exemplo de como a segurança de dados e a conscientização sobre cibersegurança podem proteger tanto artistas quanto fãs, garantindo uma experiência digital mais segura e genuína.

Dito isso, concluo desejando a todos que aproveitem muito a "The Eras Tour" em segurança, pois eu definitivamente irei.