Um dos maiores “problemas” ao embarcarmos em uma viagem de avião é a desconexão à qual podemos estar sujeitos durante o voo. Graças ao fato de que algumas companhias aéreas oferecem serviço de internet, muitos passageiros aproveitam a   rede Wi-Fi disponível para se manter conectados enquanto estão nas alturas. Porém, essa prática, que parece inofensiva, também pode representar um risco…

Recentemente, a Polícia Federal Australiana (AFP) prendeu um homem acusado de instalar redes Wi-Fi gratuitas em aeroportos e voos domésticos para obter informações pessoais e sensíveis de suas vítimas.

Esse caso serve para analisarmos um cenário que exige atenção, especialmente para evitar que nossos dados e informações sensíveis caiam em mãos mal-intencionadas.

Uma rede Wi-Fi falsa no ar

Em abril de 2024, a Polícia Federal Australiana prendeu um homem acusado de criar redes Wi-Fi falsas que imitavam redes legítimas, com o objetivo de enganar passageiros e obter seus dados pessoais.

A investigação começou depois que uma companhia aérea levantou preocupações sobre o surgimento de uma rede Wi-Fi suspeita durante um voo doméstico. Mas não parou por aí, já que essas páginas falsas também teriam sido criadas nos aeroportos de Perth, Melbourne e Adelaide.

Sobre isso, a polícia australiana revistou a bagagem do suspeito e encontrou um dispositivo portátil sem fio, um laptop e um celular. De acordo com a análise, as redes Wi-Fi falsas direcionavam os usuários a uma página que solicitava a inserção de informações pessoais, como endereços de e-mail ou credenciais de acesso às redes sociais. Os dados coletados eram armazenados nos dispositivos do atacante, que poderia usá-los para acessar outros dados pessoais, fotos e até informações bancárias.

Como se proteger?

Para aproveitar um voo agradável e sem surpresas (além de alguma turbulência), é necessário adotar boas práticas e levar em consideração alguns conselhos específicos.

Por exemplo, o departamento de crimes cibernéticos da AFP indicou que, ao se conectar a uma rede Wi-Fi gratuita, “não deveria ser necessário inserir dados pessoais, como fazer login por meio de um e-mail ou conta de redes sociais”. Eles acrescentaram que "qualquer pessoa que tente se conectar a redes Wi-Fi gratuitas em aeroportos ou voos nacionais deve alterar suas senhas e relatar qualquer atividade suspeita”.

Por outro lado, é aconselhável ter cautela em relação às ações realizadas por meio dessas conexões. Ou seja, evite visitar sites que exijam credenciais ou informações pessoais, desative todos os serviços de homebanking, contas de e-mail, redes sociais e outros aplicativos que exijam nome de usuário e senha para estabelecer a conexão. Agora, se você estiver se conectando do dispositivo que usa para trabalhar, o ideal é usar uma VPN para manter as informações criptografadas.

Também é muito importante configurar o dispositivo para que ele solicite permissão antes de se conectar: evitar que a conexão seja automática é essencial para prevenir possíveis riscos.

Por fim, e não menos importante, ter uma solução antimalware instalada em seus dispositivos, tanto laptops quanto celulares, é o primeiro passo para garantir a segurança. Uma dica? Mantenha sempre a versão mais recente do produto baixada, garantindo assim que todas as suas funcionalidades estejam atualizadas e preparadas para evitar a entrada de aplicativos potencialmente indesejados.