O Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) lança hoje (19) o "Celular Seguro", um aplicativo do governo destinado a inibir roubos de smartphones. Embora a ferramenta tenha o potencial de facilitar a notificação rápida de crimes às operadoras e bancos, especialistas indicam desafios para tornar os aparelhos "um pedaço de metal inútil" nas mãos dos criminosos.
O aplicativo permitirá que vítimas de roubo ou furto registrem o incidente de maneira eficiente, notificando simultaneamente operadoras de telefonia e instituições bancárias parceiras. O app permitirá que vítimas registrem uma "ocorrência", notificando operadoras e bancos de uma vez, proporcionando uma comunicação mais eficiente. O aplicativo buscará agilizar notificações sobre roubos e furtos por meio de parcerias com a Anatel, Febraban e instituições financeiras. A expansão prevista para janeiro de 2024 incluirá operadoras de celular, bloqueando não apenas o aparelho, mas também o chip.
Além disso, grandes empresas como iFood, Uber, 99, Mercado Livre e Nubank estão programadas para aderir ao programa, fortalecendo ainda mais essa iniciativa do governo. O lançamento do Celular Seguro marca um avanço significativo no combate a crimes relacionados a smartphones, embora os desafios identificados destaquem a importância contínua de adaptações e melhorias para alcançar plenamente seus objetivos.
Alguns especialistas apontam alguns pontos que devem ser considerados como desafios: apesar da agilidade na notificação, não há garantia de bloqueio imediato. Algumas operadoras mencionam prazos de até 6 horas para processar o pedido, enquanto bancos variam de bloqueio imediato a um prazo de até meia hora.
Os especialistas também apontam que, para tornar os dispositivos inúteis para os criminosos, seria necessário bloquear não apenas o acesso à linha telefônica, mas também aos sistemas operacionais. Até o momento, os principais desenvolvedores, Google (Android) e Apple (iOS), não foram listados como parceiros.