Ontem (30), o Tribunal Regional Federal da 3ª Região – TRF3, em São Paulo, comunicou através de sua página oficinal que foi vítima de um ataque cibernético que fez com que os serviços prestados ficassem indisponíveis até o momento. Em decorrência do incidente, o órgão também autorizou que os funcionários trabalhassem de casa até que a situação seja reestabelecida e suspendeu os prazos de processos físicos e eletrônicos da corte.
Segundo o comunicado disponível na página do TRF3, o tipo de ataque foi identificado e a equipe técnica da corte está tomando todas as medidas necessárias para lidar com incidente: “as diligências efetuadas pela Secretaria de Tecnologia da Informação do órgão possibilitaram a identificação do tipo de ataque sofrido e a definição da estratégia a ser seguida na apuração dos fatos e na restauração progressiva da infraestrutura tecnológica do Tribunal”, destaca a mensagem.
De acordo com informações de uma notícia publicada pelo G1, a Polícia Federal (PF) esteve ontem (30) no prédio do TRF3 e analisou a extensão do ataque. Ainda segundo o portal, a PF vai abrir inquérito para investigar o incidente.
Nos últimos anos, órgãos ligados ao Judiciário do país têm sofrido uma série de ataques cibernéticos. Em novembro de 2020, o Supremo Tribunal de Justiça (STJ) foi vítima de um ataque de ransomware. O incidente fez com que a Corte tivesse que suspender todas as sessões de julgamento por videoconferência e as sessões virtuais destinadas à apreciação de recursos internos, bem como as audiências.
Já em maio de 2021, o Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul (TJ-RS) foi vítima de um ataque do ransomware REvil que criptografou documentos e imagens dos sistemas do órgão. Além disso, em fevereiro deste ano, o Tribunal Regional do Trabalho do Espírito Santo (TRT-ES) sofreu um ataque semelhante ao sofrido pelo TRF3.