Apesar do número de vazamento de dados no Brasil ter caído 31% em relação a 2020, o país passou a ocupar a 6º colocação no ranking dos países mais afetados por vazamentos de dados em 2021, aponta a análise publicada pela Surfshark, empresa holandesa de serviços VPN.
Ao todo, durante janeiro e novembro do ano passado, 24,2 milhões de brasileiros tiveram seus dados vazados devido a ataques e vulnerabilidades em sistemas, ficando atrás apenas dos Estados Unidos, Irã, Índia, Rússia e França. Neste cenário, os EUA foram os mais afetados, com alta de 22% e 212,4 milhões de contas invadidas. Em segundo lugar ficou o Irã, com 156,1 milhões de perfis vazados; a Índia ficou em terceiro, com 86,6 milhões de usuários comprometidos.
A nível mundial, nos primeiros 11 meses do ano, um total de 952,8 milhões de contas foram invadidas, o que significa que 1 em cada 5 pessoas foi afetada em todo o mundo.
Esse cenário apresentado pela análise pode ser visto em casos reais de vazamentos de dados envolvendo informações de usuários brasileiros que ganharam destaque na imprensa durante o ano passado, como os ataques ao Ministério da Saúde, exposição de dados de estudantes inscritos no Enade, venda de senhas associadas a órgãos governamentais e de CPFs de 223 milhões de cidadãos (vivos e falecidos), entre outros incidentes.
Esse números refletem a importância de que as empresas se adequem às normas previstas pela legislação de cada país ou região, como a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), no Brasil, ou a General Data Protection Regulation (GDPR), em países europeus.