Palco de disputas políticas e narrativas formuladas, a segurança da urna eletrônica tem sido destaque na imprensa. Durante os dias 22 a 27 de novembro, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) realizou a 6ª edição do Teste Público de Segurança (TPS) do Sistema Eletrônico de Votação, que tem como objetivo aprimorar o processo antes das eleições.
Desta vez, 26 especialistas em segurança realizaram 29 planos de ataques executados ao longo de seis dias através dos quais foi possível encontrar cinco vulnerabilidades. “São ataques importantes, para os quais precisamos encontrar mecanismos de bloqueio, mas só consideramos grave aquilo que tem potencialidade de alterar o voto do eleitor, e nenhum deles alcançou isso”, explicou o ministro do tribunal Luís Roberto Barroso.
Durante coletiva de imprensa realizada na última segunda-feira (29), o TSE apresentou as cinco falhas encontradas:
- Possibilidade de substituir o teclado da urna por um novo;
- Falha relacionada com o desembaralhar do Boletim de Urna;
- Vulnerabilidade relacionada com a saída do fone de ouvido da urna, que fica na parte traseira da urna;
- Possibilidade de pular uma barreira de segurança representada pela linha de transmissão;
- Superação de duas barreiras iniciais de segurança, ao romper a linha de transmissão e entrar na rede do TSE.
O secretário de Tecnologia de Informação do TSE, Júlio Valente, destacou que o prazo para correção das falhas, que foi definido para o dia 22 de maio de 2022, poderá ser revisto: “os sistemas passam por uma etapa de estudos em que tentaremos identificar formas de fortalecer os sistemas com base nos achados apontados. Estimamos que esse prazo até maio seja suficiente, mas não é fixo. Se houver necessidade, podemos solicitar um adiamento. Até aqui, sempre tivemos prazo suficiente para fazer as correções”, explicou.
Em uma entrevista que realizarmos em 2018, o especialista em segurança de sistemas, Diego Aranha, destacou a importância e os desafios da realização de testes de segurança nas urnas eletrônicas.