Na última quarta-feira (25), a Raven Software, desenvolvedora do jogo Call of Duty: Warzone, publicou através do Twitter o banimento de mais de 100 mil contas de usuários por conduta criminosa, além de fornecedores de cheats. No mundo gamer, cheat é uma gíria utilizada por jogadores para designar códigos e truques especiais durante um jogo. De acordo com o site da Vice, com essa medida a empresa acumula mais de 700 mil contas banidas, já que em maio confirmou a exclusão de 500 mil contas e em julho realizou dois banimentos em massa adicionais com mais de 50 mil contas cada.

Como destacamos em um post publicado anteriormente, o negócio de cheats e outros tipos de fraudes não apenas desestimulam jogadores que não têm interesse em participar de jogos que contam com gamers que usam cheats e outros tipos de trapaças para ganhar vantagem, mas isso também acaba tendo sérias repercussões nos lucros de empresas de desenvolvimento de jogos, bem como distribuidores.

É por isso que muitas desenvolvedoras de jogos se esforçam para tomar medidas contra os criadores de cheats. Conforme explicou um porta-voz da Activision, empresa de jogos responsável pela distribuição do Call of Duty: Warzone, a decisão de realizar ondas de banimento de milhares de contas ao mesmo tempo se trata de uma tentativa de afetar os clientes de grandes criadores de cheats para comprometer a reputação de cada um deles. Além disso, no último dia 19 de agosto, a equipe do Call of Duty anunciou no Twitter que irá implantar um novo sistema anti-cheat para PCs.

Vale lembrar de outra ação importante contra o mercado de cheats que ocorreu este ano: a operação Chicken Drumstick realizada pela polícia chinesa em conjunto com a gigante da tecnologia Tencent e que levou à prisão de 10 pessoas vinculadas a uma instituição criminosa conhecido como Cheat Ninja que criava a estrutura de cheats para PUBG Mobile, entre outros jogos. Na ocasião, as autoridades apreenderam bens no valor de aproximadamente US$ 46 milhões, incluindo vários carros de luxo.

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