O Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul (TJ-RS) foi vítima de um ataque do ransomware REvil que criptografou documentos e imagens dos sistemas do órgão. Os criminosos expuseram notas nos desktops dos computadores afetados com informações sobre o pagamento de um resgate.
Logo após o incidente, que ocorreu na última quarta-feira (28), o TJ-RS informou destacou no Twitter que o órgão estava sofrendo uma instabilidade nos sistemas. “O TJRS informa que enfrenta instabilidade nos sistemas de informática. A equipe de segurança de sistemas orienta aos usuários internos a não acessarem os computadores de forma remota, nem se logarem nos computadores dentro da rede do TJ”, informou a instituição.
Ainda no mesmo dia, o TJ-RS confirmou o ataque e destacou que estava apurando os responsáveis pelo incidente.
NOTA OFICIAL:
O Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul (TJRS) foi alvo, no dia de hoje, de ataque cibernético e, em razão disso, os sistemas de informática estão indisponíveis.
(segue...) pic.twitter.com/9L2UC8HRQU— tjrsoficial (@TJRSoficial) April 29, 2021
O pesquisador de segurança Brute Bee publicou capturas de tela com informações sobre o pagamento do resgate solicitado compartilhadas por funcionários do TJ-RS e mensagens que discutiam o ataque.
#REvil #Sodinokibi #Ransomware hits 🇧🇷 #Brazilian Court of Justice of Rio Grande do Sul on April 28, 2021
Files of #tjrs could've been lost forever unless backups are available! DDoS attacks are yet to come, if its victims refuse to cooperate.⬇️@TJRSoficial pic.twitter.com/GX2NH9iRK5
— Brute Bee (@BruteBee) April 29, 2021
Segundo informações do site BleepingComputer, os cibercriminosos estão exigindo o pagamento de US$ 5.000.000 para descriptografar os arquivos e evitar que os dados sejam vazados.
Em entrevista ao G1, o desembargador Antonio Vinicius Amaro da Silveira, do Conselho de Comunicação do TJ, destacou que o incidente é muito grave. "A questão é muito grave. Nós nunca enfrentamos esse tipo de problema, nessa dimensão. Os sistemas foram invadidos e arquivos corrompidos e nós estamos ainda sob ataque, permanecemos sob ataque. Não temos segurança ainda para dizer quando podemos retomar a operação dos sistemas de forma normal", disse ao portal de notícias.
Em novembro do ano passado, o Supremo Tribunal de Justiça (STJ) também foi vítima de um ataque de ransomware. O incidente fez com que a Corte tivesse que suspender todas as sessões de julgamento por videoconferência e as sessões virtuais destinadas à apreciação de recursos internos, bem como as audiências.