O Procon de São Paulo notificou nesta quinta-feira (29) a empresa Serasa Experian e solicitou explicações sobre o vazamento de dados de 223 milhões de brasileiros expostos na Internet, o que já se caracterizou como a maior fuga de dados da história do país até o momento. No entanto, a Serasa nega qualquer responsabilidade sobre o incidente de segurança.

Segundo o portal de notícias G1, a Serasa Experian afirma que a alegação não tem qualquer fundamento. “Com base em nossa análise detalhada até este ponto, concluímos que a Serasa não é a fonte. Também não vemos evidências de que nossos sistemas tenham sido comprometidos”, destacou a empresa.

Na última segunda-feira (25), a Serasa Experian já havia sido notificada pela Secretaria Nacional do Consumidor (Senacom) que deu 15 dias para que a empresa apresente explicações o incidente. O vazamento de dados veio à tona após um usuário divulgar capturas das informações expostas publicamente na Internet.

As informações vazamentos são referentes a dados de 2019 e estão sendo divulgadas e comercializadas na Internet. Entre os dados expostos estão nome, CPF, foto, nível de escolaridade, estado civil, pontuação de crédito, histórico de pagamentos, endereço e outras informações de usuários brasileiros.

Sobre a aplicação de possíveis multas, de acordo com o Código de Defesa do Consumidor, os valores podem chegar a R$10 milhões. Além disso, tendo em conta a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), as empresas responsáveis por vazamentos de dados podem chegar a pagar R$ 50 milhões. No entanto, a aplicação de sanções pela LGPD só começará a valer a partir de agosto deste ano.