Segundo estudo realizado pela Faculdade de Economia e Administração da Universidade de São Paulo (FEA-USP), em parceria com a Fundação Instituto de Administração (FIA), 70% dos profissionais preferem continuar o trabalho em home office, enquanto 19% gostariam de voltar ao escritório e 11% são indiferentes. Além disso, cerca de 71% dos profissionais afirmaram que o home office aumentou sua produtividade, enquanto 76% afirmaram que o formato é compatível com a rotina familiar. O resultado do estudo contou com respostas de cerca de 1.300 profissionais, predominantemente com alta qualificação e renda elevada.

70% dos profissionais preferem continuar o trabalho em home office.

O novo contexto, provocado pela pandemia da Covid-19, também apresenta grandes desafios para as empresas em relação à segurança digital de suas informações. Em abril deste ano, a FIA realizou outro estudo com 139 pequenas, médias e grandes empresas que atuam em todo o Brasil. Segundo o estudo, 46% das empresas adotaram o home office, mas, dentro deste mesmo percentual, 67% destacaram dificuldades na implantação do home office. A familiaridade com as ferramentas de comunicação foi apontada como problema por 34% das empresas, assim como o comportamento dos funcionários ao acessarem os ambientes virtuais (34%). A atuação das áreas de tecnologia da informação foi um ponto levantado como dificuldade por 28% das empresas.

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Além dos aspectos destacados pelo estudo, as empresas estão sendo atingidas por problemas como: ataques a rede corporativa, através da exploração de vulnerabilidades no protocolo RDP que permite o acesso remoto dos funcionários; problemas de segurança e privacidade no uso de aplicativos para videoconferências; o não uso da autenticação de dois fatores para o acesso à serviços e plataformas; falta de capacitação dos funcionários em relação a conscientização e a adesão a boas práticas de segurança.

O pesquisador da ESET, Daniel Barbosa, destaca algumas dicas e aspectos de segurança fundamentais para as empresas que adotaram o trabalho home office e, principalmente, para aquelas que desejam manter essa modalidade de trabalho após a pandemia:

  • Evitar ao máximo disponibilizar recursos sem autenticação para os funcionários. Todos os recursos que eles precisarem acessar devem, pelo menos, exigir usuário e senha.
  • Utilize um serviço de VPN para fazer com que os recursos disponibilizados para os usuários não precisem ficar diretamente expostos na internet, e sim dentro da rede interna da empresa.
  • Invista em campanhas de conscientização. Boa parte dos ataques que temos visto durante a pandemia se aproveitam de engenharia social para enganar as vítimas. Por isso, tornar os funcionários conscientes sobre as formas como estas abordagens podem ser recebidas e ensinar características chave para identificá-las tornará o ambiente bem mais seguro.
  • Proteger servidores e estações de trabalho com uma solução de segurança capaz de barrar diversos tipos de ameaça em diferentes fases do ciclo do ataque, mantendo esta proteção sempre ativa, atualizada e configurada adequadamente.

Créditos da imagem: Alejandro Pinto