Nas últimas semanas, a repercussão de notícias sobre um vídeo em que a boneca Momo, uma escultura japonesa apresentada em um evento em 2016, teria sido vista em supostos vídeos no YouTube Kids e em uma publicação que, segundo usuários, anda circulando pelo WhatsApp, ensinando crianças a se suicidarem, trouxe à tona uma assunto bastante polêmico e importante: a segurança das crianças na Internet.
Após diversos comentários de usuários nas redes sociais e em reportagens nos principais jornais do país, o YouTube Brasil se pronunciou através do Twitter:
Sobre o desafio Momo: não encontramos nenhum vídeo que promova um desafio Momo no #YouTubeKids. Qualquer conteúdo que promova atos nocivos ou perigos é proibido no YouTube. Se encontrar algo parecido, denuncie.
— YouTube Brasil (@YouTubeBrasil) 15 de março de 2019
De qualquer forma, o caso acabou chamando a atenção de muitos pais para os riscos que as crianças podem correr em plataformas online e redes sociais. Por isso, separamos algumas dicas que foram dadas por nossos especialistas do Laboratório de Pesquisa da ESET e que podem ser bastante úteis na hora de pensar na segurança das crianças no mundo virtual. Confere aqui:
#O diálogo sempre gera bons vínculos
Através do diálogo com o seu filho, tente conversar sobre algumas práticas que podem ajudar na hora de navegar pela Internet. Explique questões como onde e em quais momentos os dispositivos podem ser utilizados, tente criar em seu filho a consciência de não responder mensagens de desconhecidos, não baixar material indevido ou não acessar a conteúdos restritos para a maioria das idades.
Além disso, é fundamental explicar quais são os riscos que existem e por que estas ações podem contribuir para estar protegido no mundo virtual. Não se trata apenas de proibir ou restringir uma atividade, mas apenas de fazer com que a criança possa entender a razão pela qual devem ter mais cuidado na hora de navegar pela Internet.
Assim como as crianças devem se comprometer e respeitar as boas práticas de segurança, também é fundamental que os pais se comprometam a respeitar a privacidade dos pequenos e proporcionem um espaço de diálogo no qual possam destacar seus problemas e inquietudes com o objetivo de gerar um vínculo de confiança.
#O conteúdo é realmente apropriado?
É importante estar atento ao tipo de conteúdo acessado por seu filho. Por isso, é necessário verificar as páginas acessadas e bloqueá-las sempre quando necessário. É possível fazer isso manualmente ou através de aplicativos.
O bloqueio de acesso a conteúdos maliciosos pode proporcionar uma otimização do tempo na Internet para que seu filho possa acessar a conteúdos mais produtivos como também diminuir as chances de infecção por malware.
#Navegar pela Internet é legal, mas que tal limitar um horário?
Converse com seu filho e tente definir horários para o acesso à Internet. É fundamental limitar o tempo para aplicativos específicos como jogos, chats, redes sociais, etc. Isso fará com que a criança tenha mais tempo para realizar outras atividades.
#Viu algum conteúdo inapropriado? Denuncie!
As plataformas online quase sempre possuem mecanismos de controle e denúncia contra conteúdos suspeitos ou inapropriados. No caso do YouTube Kids, por exemplo, os pais podem controlar o que as crianças pesquisam, podendo também bloquear o acesso à lupa, inclusive à busca por voz. Além disso, também é possível denunciar o vídeo nos três pontinhos que aparecem no canto superior direito de cada um deles, bloquear o vídeo ou até mesmo o canal. Dessa forma, o conteúdo é removido automaticamente dos perfis.
#Meu filho usa redes sociais... o que devo fazer?
O diálogo é sempre necessário para manter um relação saudável com seu filho tanto para discutir assuntos do mundo físico como virtual. Por isso, converse sempre sobre os tipos de interação que são mantidas nas redes sociais e sobre as configurações de privacidade do perfil, destacando a importância de ter apenas pessoas conhecidas como “amigos” nas redes sociais. Isso pode evitar que pessoas com mal intencionadas possam obter informações pessoais de seus filhos.
#Ensine com o exemplo
Esta dica se resume em “não faça o que não quer que os seus filhos façam”. Muitos pais se preocupam com a privacidade online das crianças, com as fotos que publicam na rede ou com a quantidade de amigos com os quais interagem diariamente, mas, em seguida, são eles mesmos os que compartilham publicamente fotos das férias ou eventos familiares, não deixam de visualizar o celular ou baixar aplicativos maliciosos ou material ilegítimo.
Lembre-se da frase de Albert Einstein: “Educar com o exemplo não é uma forma de educar, é a única”.
Confira também o nosso Guia para Pais e saiba mais sobre o assunto: