Os avanços tecnológicos estão aumentando rapidamente, mas a capacidade da população em geral para usar essas novas capacidades continua ficando para trás.
O crescente número de ataques recentes de cibersegurança destaca uma segunda lacuna: uma escassez de mão de obra qualificada na indústria da cibersegurança, que deverá atingir cerca de 1,8 milhões de trabalhadores até 2022.
a escassez de mão de obra qualificada na indústria da cibersegurança deverá atingir cerca de 1,8 milhões de trabalhadores até 2022
Existem inúmeras sugestões e ideias sobre como fechar a lacuna, como melhorar as habilidades existentes dos funcionários ou usar a automação. No entanto, uma estratégia de longo prazo focada em treinamento e educação para a próxima geração ajudará a garantir que muitas pessoas tenham as habilidades certas para o futuro.
As crianças estão crescendo na era digital e devem estar em uma posição ideal e melhor equipadas para enfrentar os desafios da cibersegurança quando entrarem no mercado de trabalho. Esta exposição precoce à tecnologia e às melhores práticas podem ser facilmente exploradas para dar-lhes uma oportunidade de ouro com o inutito de que sejam treinadas com as habilidades necessárias para preencher a lacuna no setor de segurança da informação.
No entanto, como atraí-los para o que muitos consideram uma indústria geek?
Diversidade na força de trabalho
Tal como acontece com qualquer indústria, garantir que a cibersegurança atraia uma força de trabalho diversificada é importante para construir um setor de alto desempenho. O número de mulheres no setor de cibersegurança é extremamente baixo, representando apenas 7% da força de trabalho da indústria na Europa. No entanto, as mulheres representam pelo menos 40% da força de trabalho geral em muitos países. Atrair mais mulheres para a profissão criará uma força de trabalho mais diversificada e ajudará a reduzir a lacuna numérica.
Faça da cibersegurança parte do seu currículo
Isso é algo que já discutimos a nível regional na América Latina, mas é uma realidade a nível global: a necessidade de reinventar a educação. Em 2014, o Reino Unido tornou-se o primeiro país do G7 a transformar a ciência da computação em uma matéria obrigatória na escola: os alunos deveriam poder escrever e depurar um programa aos sete anos de idade.
É importante que eduquemos a sociedade em geral através de um currículo nacional que garanta que todos tenham um certo nível de habilidades para que mais pessoas desenvolvam a experiência necessária. Isso também dá aos educadores a oportunidade de identificar o talento desde o início e ajustá-lo.
Habilidades difíceis de abordar
Compreender os conceitos básicos da rede e da ciência da computação é essencial para proporcionar aos jovens uma base bem-sucedida na cibersegurança. Em um acampamento estilo boot camp da cibersegurança direcionado para estudantes de ensino médio em San Diego, este tópico foi abordado através de uma classe básica na arquitetura de rede.
Instilar essas habilidades fundamentais em jovens garante menos lacunas de conhecimento que nos tornam menos vulneráveis quando nos protegemos de possíveis atacantes. As oficinas sobre malware, codificação e criptografia devem ser incluídas como um padrão para que os jovens tenham uma ampla gama de conhecimento e compreensão.
O mesmo pode ser feito por meio de um treinamento mais específico, talvez destinado a jovens que demonstram habilidades de computação. Também é importante incluir outras perspectivas sobre a cibersegurança, como a aplicação da lei.
A importância das habilidades mais simples
O conhecimento técnico é, com certeza, imperativo. No entanto, as habilidades de comunicação não devem ser ignoradas e muitas vezes são pensadas para serem muito importantes na indústria. Embora seja uma grande questão de abordagem, é importante garantir que os profissionais de cibersegurança desenvolvam a mentalidade e o código moral necessários para trabalhar efetivamente neste setor.
A resposta para superar o déficit de habilidades de cibersegurança é a educação, não só para os possíveis especialistas do futuro, mas para todos: capacitar a próxima geração e garantir que todos tenham uma sólida compreensão sobre a segurança informática.
Não há dúvidas de que, com o currículo e as oportunidades corretas, as pessoas mais brilhantes e talentosas serão atraídas pelas fantásticas oportunidades que existem neste setor.