Você se preocupa com o cibercrime? A ideia de um possível vazamento de dados não te deixa dormir tranquilo? Você tem medo de que os seus empregados baixem algum software malicioso?

Se este for o seu caso, você não é o único. Nos últimos anos, à medida que o local trabalho se tornou cada vez mais digital, essas preocupações tornaram-se bastante comuns. E mais ainda se você az parte da alta direção da empresa, pois não apenas será mais consciente das ameaças existentes, como também saberá que, em última instância, o responsável será você.

No entanto, esta tarefa pode ser um pouco complicada, especialmente se considerarmos o atual cenário da tecnologia. Estima-se que o custo mundial do cibercrime já chegou a US $ 1 trilhão, o que por si só é motivo suficiente para causar ansiedade entre os tomadores de decisões. E se isso não é suficiente para assustá-lo, acredito que o cibercrime agora é "mais ameaçador do que nunca”, ou que o prejuízo à marca pode ser enorme. E tudo isso sem considerar o custo com as ameaças internas.

No entanto, essas inquietações, consequência dos novos desafios da tecnologia, podem ser amenizadas. Para isso, criamos um guia sobre as situações de estresse que devemos evitar, de forma que, quando tenha que deixar o escritório ao final do dia, a última coisa que venha à sua mente seja a cibersegurança.

Primero desencadeador do estresse: as senhas fracas

As senhas fracas continuam sendo um grande problema e um dos maiores riscos de segurança para uma empresa, independentemente de serem grandes ou pequenas organizações, assim como revelou uma pesquisa de 2014.

O relatório, entitulado The Federal Government’s Track Record on Cybersecurity and Critical Infrastructure (Registro do Governo Federal Estadunidense sobre Segurança Cibernética e Infraestrutura Crítica), detectou muitos casos de péssimas práticas no uso de senhas, com um predomínio do uso de senhas de fábrica ou “que podem ser adivinhadas facilmente”. Além disso, um caso do estudo demonstrou que as senhas não são alteradas de forma periódica como deveriam, chegando a serem usadas por um ano em alguns casos.

Como liberar o estresse?

  • Estabeleça requisitos mínimos de complexidade para as senhas, que devem ser longas, incluir diversidade de símbolos, distinção entre letras maiúsculas e minúsculas.
  • Determine dias periódicos de atualização das senhas para todo o escritório, de forma que seja uma atividade obrigatória e que faça como parte do programa de segurança cibernética da empresa.
  • Implemente o duplo fator de autenticação para obter uma segurança extra.

https://www.youtube.com/watch?v=q5DYkzOrz_I

Segundo desencadeador do estresse: os dispositivos móveis

A forma como trabalhamos mudou significativamente desde a virada do século, com a revolução digital interrompendo as práticas tradicionais. Agora, temos muito mais conhecimento técnico e somos mais móveis, graças aos dispositivos de alta tecnologia que nos permitem trabalhar em qualquer lugar e com equipamentos que nos proporcionam mais conforto para cada momento.

Essa tendência é conhecida em inglês como Bring Your Own Device (BYOD, em português “traga seu próprio dispositivo”) que, apesar de ser uma característica dos tempos atuais, traz consigo riscos de segurança. Por exemplo, ao comentar os resultados de uma pesquisa, alguns empregados fazem uso de práticas informáticas inseguras, como se conectar com a empresa “através de uma conexão WI-FI gratuita ou pública (e provavelmente acessível também para os criminosos cibernéticos)”.

Como liberar o estresse?

·         Certifique-se de que todos os dispositivos que acessem a rede da empresa ou a documentos relacionados com o trabalho estejam protegidos com uma solução de segurança adequada.

  • Adicione uma camada de proteção forte com as tecnologias de criptografia (como destacamos a seguir).

Terceiro desencadeador do estresse: o acesso à informação

No século XXI, um dos maiores ativos de qualquer empresa são seus dados. Portanto, é evidente que proteger as informações é um imperativo de negócio. No entanto, como destacou Perter Stancik (da ESET) recentemente, muitos não conseguem fazer isso. Segundo ele, uma boa maneira de proteger os dados é por meio da criptografia.

O seu colega, Cobb, compartilha essa mesma opinião e, em 2014, destacou: “Além da má publicidade e da perda de negócios com clientes que dizem não confiar na empresa, você também pode chegar a receber multas no valor de um milhão de dólares ou mais (caso não criptografe os arquivos)”.

Como liberar o estresse?

  • Como citamos acima, invista em tecnologias de criptografia para reforçar a segurança.
  • Incorpore a criptografia nos diferentes fluxos de trabalho, mídia e dispositivos: caso sejam informações confidenciais, será atraente para os cibercriminosos.

Quarto desencadeador do estresse: os empregados

Além dos dados, os empregados são o maior ativo de uma empresa. Em um texto publicado em 2016, profissionais afirmam que “caso os ativos de conhecimento (as pessoas e os dados) sejam perdidos, é possível ficar em uma situação irreparável”.

No entanto, os empregados também são a sua maior ameaça, como destacou uma pesquisa realizada em 2015. Curiosamente, este é um sentimento compartilhado por 93% dos entrevistados. Não cabe dúvida que precisamos preencher este vazio: é essencial que todos os empregados se familiarizem com a políticas de segurança cibernética.

Como liberar o estresse?

  • Ofereça capacitações para toda a empresa sobre segurança cibernética.
  • Compartilhe informações periodicamente sobre as melhores práticas de segurança através de email, por exemplo.
  • Considere como lidar com os reincidentes (por exemplo, os empregados devem ser penalizados?)

Caso siga estas dicas, por mais que o estresse cibernético seja muito difícil de erradicar, pelo menos deixará de ser uma carga em suas atividades cotidianas. Como resultado, você será mais feliz e estará mais seguro e confortável, pois está fazendo tudo o que é possível para se proteger e também proteger os interesses de sua empresa.