Hoje em dia é impossível pensar na vida cotidiana sem um dispositivo móvel na mão. Steve Jobs disse em uma apresentação, em 2007, que o que iria apresentar nesse dia revolucionaria o mundo; era algo nunca visto e que estava vários anos à frente da experiência que os usuários tinham com a tecnologia até então. Naquele dia, o primeiro iPhone foi apresentado, e desde que testemunhamos a evolução desses dispositivos ainda não sabemos quando ou como isso vai terminar.

Os smartphones já permitem realizar pagamentos, funcionam como métodos de autenticação e canais da realidade aumentada, podemos conversar com as suas inteligências artificiais e, além disso, podem até mesmo projetar nossos vídeos e filmes preferidos... Os limites ainda não estão estabelecidos e podemos chegar a experimentar a realidade virtual, telas flexíveis e uma série de funcionalidades inovadoras em pouquíssimo tempo.

De forma bem simples, por meio do nosso smartphone ou tablet podemos fazer praticamente o mesmo que faríamos em um laptop ou PC. No entanto, essa liberdade traz riscos... como sabemos, o malware móvel é uma realidade na América Latina e no mundo em geral; e além dos códigos maliciosos, existem outros aspectos que, como usuários, devemos prestar bastante atenção. Por essa razão, preparamos 5 medidas para que o seu smartphone seja um dispositivo mais seguro:

1. Malware para dispositivos móveis

Ainda hoje, muitos usuários ainda acham que as ameaças e os códigos maliciosos são apenas para computadores de mesa ou notebooks. No entanto, infelizmente, isso não está tão longe da realidade.

A taxa de detecção de novas variantes maliciosas para Android continua crescendo, aumentando de um média mensal de 200 variantes em 2015 para 300 em 2016. Enquanto que, para o iOS, o número de detecções de malware quintuplicou no ano passado. Dentro das famílias maliciosas que mais tem evoluído nos últimos anos podemos ver o malware que envia mensagens SMS a números Premium, o spyware e o ransomware.

Por todas essas razões, a principal medida para garantir que o seu equipamento não seja infectado é contar com um antivírus.

2. Atualizações do software e aplicativos

Esse controle é muito simples de implementar, e é tão importante quanto como para os computadores, considerando que as atualizações trazem consigo melhorias de funcionamento e correções de código, incluindo patches de segurança para solucionar possíveis erros humanos durante a programação.

Do mesmo modo, é importante manter (atualizado) todos os aplicativos instalados, considerando que as versões antigas podem conter falhas de segurança que podem ser exploradas pelos cibercriminosos.

3. Rooting e Jailbreaking

Esses conceitos surgiram em fóruns e sites especializados, mas com o passar dos anos se tornaram mais populares e fáceis de serem praticados pelos usuários com pouco conhecimento. Implicam, basicamente, na possibilidade de possuir a permissão de administrar e poder trocar a configuração do seu equipamento de forma personalizada, excluindo no processo algumas medidas de segurança do sistema operacional. Dessa forma, pode instalar aplicativos que não estão nas lojas oficiais; trocar a interface do equipamento; e inclusive atualizar para versões que ainda não estão liberadas para o seu modelo.

O rooting ou jailbreaking não está proibido; no entanto, é uma atividade delicada que pode comprometer o seu equipamento, ao interromper processo de atualização do sistema ou facilitar a instalação de malware. Nossa recomendação é que seja utilizado apenas caso conheça quais são os riscos aos quais se expõe o dispositivo móvel no momento de realizar o processo e a quais as consequências.

4. Permissão do aplicativo e origens do download

Outra atividade crucial é baixar software por meio de lojas oficiais, e não de terceiros, considerando que essas últimas contam com medidas de segurança, ou seja, ninguém verifica o que existe dentro do código dos aplicativos que são distribuídos; por isso, pode estar baixando software infectado.

Com relação aos aplicativos, é fundamental considerar as permissões que solicitam com o intuito de evitar que acessem a dados que não são relevantes para o seu funcionamento. Também é necessário fazer isso com os aplicativos menos relevantes, considerando que em várias ocasiões o software malicioso se infiltra em lojas oficiais. Depois de tudo... para que uma lanterna ou calculadora precisaria de permissões para acessar aos seus contatos?

5. Redes públicas

Assim como destacamos no início deste post, com o seu smartphone é possível fazer virtualmente o mesmo que no seu laptop, como comprar online, fazer transações bancárias, ler emails, etc. O que deve ter em conta é a rede a qual se conecta antes de fazer essas tarefas, verificando principalmente que seja privada e segura. Se não puder fazer isso, nem mesmo utilizar uma VPN, então é interessante que não realize ações com contas sensíveis – por exemplo, as de serviço homebanking – e se limite a apenas ler notícias e/ou navegar pela Web.

Esses são 5 passos que você deve seguir para manter o seu smartphone seguro; no entanto, o mais importante é lembrar que os riscos existem e que devem ser tomadas precauções necessárias para poder aproveitar a tecnologia da forma mais segura.