Quando falamos sobre o uso da tecnologia, em geral, são gerados muitos equívocos no que diz respeito a sua utilização, por exemplo, nos posts anteriores falamos da imprecisão sobre acreditar que todas as ameaças são vírus e o erro de considerar que o phishing é um malware. Hoje vamos continuar desmistificando mitos sobre malware e falaremos sobre um assunto relacionado a celulares.
Vamos falar sobre as ameaças que afetam tanto os smartphones como os tablets e desvendar um dos mitos que se tornou mais popular nos últimos tempos: acreditar que não é necessário utilizar antivírus no celular. Isso pode ter algo a ver com o fato de que levamos o celular conosco o tempo todo, sendo gerada uma falsa sensação de segurança, de que não iremos perder nada e, portanto, não é necessário tomar cuidados extras.
É preciso ter em conta que com os celulares temos muitas opções para trocar informações, como email, redes sociais, navegadores, SMS e muitos outros canais que podem facilitar a propagação de campanhas maliciosas por um atacante.
Com o que falamos nos posts anteriores, já é possível entender a importância de uma solução de segurança; mas, como se isso não fosse suficiente, também é importante considerar que os códigos maliciosos só esperam um clique em um link ou o download de um aplicativo (de um site pouco confiável) para executar-se em seu celular e tomar o controle do dispositivo. Portanto, contar com uma solução nos vai dar essa camada de segurança que precisamos para manter nossos dados e recursos do celular protegidos.
O mito de hoje está acompanhado da crença de que usar uma solução de segurança no celular o tornará mais lento ou que a bateria irá descarregar mais rapidamente. Apesar de ser correta a consideração de que ter um aplicativo revisando atividades do dispositivo irá consumir muito mais recursos, é importante entender que a maioria das soluções de segurança são projetadas para reduzir o impacto sobre a usabilidade do celular, por isso, nunca é demais dar uma olhada nas especificações de compatibilidade do produto que instalamos e conhecer suas características.
É claro que os atacantes estão focados naquelas plataformas que têm uma maior quantidade de usuários, portanto, é mais comum o malware para Android que para qualquer outro sistema operacional móvel. Isso não quer dizer que os usuários de sistemas operativos como iOS ou Windows Phone não precisem ser precavidos sobre o uso do celular, mas este é outro mito que discutiremos depois.
É fundamental saber que existem outros riscos de segurança no Android além do malware, que podem pôr em jogo a informação que você guarda no dispositivo: vulnerabilidades, phishing, conexões Wi-Fi inseguras, sites duvidosos, aplicativos falsos, entre outras ameaças que é importante conhecer para saber como se proteger, tendo claro que a solução de segurança é sempre nossa primeira barreira de proteção.
Lembre-se: caso não sejam tomados os cuidados necessários, os celulares também podem se transformar em um alvo fácil dos cibercriminosos.
Autor: Camilo Gutiérrez Amaya, da ESET.
Adaptação: Francisco de Assis, da ESET.