Sem dúvida, uma das maiores preocupações dos pais quando se trata da Internet é onde os filhos navegam e o conteúdo que visualizam. De fato, 9 de cada 10 pais se preocupam com seus filhos online, e apesar de esperar que fossem todos, é um percentual bastante alto e correspondente com os riscos que as crianças podem enfrentar na Internet, caso não sejam tomadas as devidas precauções.

Normalmente, a primeira medida de controle que os pais devem implantar é o diálogo. Muito mais do que impedir que as crianças interajam com a tecnologia, é importante fazer com que vejam qual é a forma mais adequada de utilizá-la. Este diálogo deve ser franco e direto (iniciado em casa), sempre acompanhado de algumas regras como a localização do computador, os tempos de conexão ou mesmo os dispositivos que podem ser utilizados, entre algumas outras coisas, contribuindo para que os "pequenos" possam ter uma experiência saudável com o mundo virtual.

No entanto, estas medidas devem se complementar com medidas tecnológicas adequadas. E é neste ponto onde aparecem as ferramentas de controle parental, as quais irão permitir que os pais controlem ou limitem o conteúdo que uma criança pode ver no computador.

Embora existam ferramentas desenvolvidas exclusivamente com este propósito, é importante ter em conta que o controle parental também se estabelece por meio da configuração realizada nos dispositivos utilizados pelas crianças.

Desta maneira, independentemente se você utiliza Windows, Mac OS X ou alguma distribuição do Linux, cada usuário que utilize o equipamento deve ter seu próprio usuário com as configurações de segurança adequadas. No caso das crianças, se pode restringir desde a instalação de aplicativos baixados da Internet até configurar o uso de certos tipos de programas.

Para que utilizar ferramentas de controle parental?

Todas as medidas anteriores podem ser complementadas com o uso de uma ferramenta de controle parental, que permite implementar os seguintes controles:

  • Atividades do usuário

Os país podem controlar e monitorar o acesso à Internet configurando uma função para cada um dos usuários que utilizam o computador. Deste modo, pode-se personalizar diferentes permissões de acesso, privilégios sobre importantes arquivos e inclusive na instalação de um novo software como um game.

  • Restrição de acesso por categoria

Uma das principais características é que os país podem restringir o acesso a sites na Internet adicionando ou excluindo elementos de uma lista de categorias web para cada função. Ou seja, poder limitar o tráfego considerando diferentes sites de diversos conteúdos.

Um claro exemplo é a aplicação de alguns filtros que afetam aos sites de jogos online, mas que permitem às crianças um livre acesso nos buscadores permitidos para realizar suas tarefas escolares.

  • Bloqueio de páginas web

É a capacidade de restringir o acesso ao conteúdo inapropriado por meio do bloqueio de certas páginas web. Dependendo das atividades que queira utilizar, se pode restringir ou permitir os acessos. Nesta opção, você também pode bloquear sites com conteúdos violentos ou sexuais, e inclusive aqueles sites que possuem uma péssima reputação.

Também é importante mencionar que em muitos casos esta funcionalidade permite o bloqueio de janelas emergentes de sites pornográficos aos que muitas vezes as crianças chegam sem intenção.

  • Registro de atividades

Os pais podem visualizar um registro da atividade que ocorre com a ferramenta: páginas bloqueadas e o motivo, por exemplo. Monitoramento dos sites visualizados pode gerar um padrão de comportamento da criança, com a finalidade de reforçar a educação nos pontos evidenciados.

  • Controle dos aplicativos e do tempo

Com estas ferramentas se pode decidir que aplicativos podem ser utilizados, quando e o limite de tempo para fazê-lo. Assim, se estabelece que as crianças não estejam muito tempo conectadas ou fazendo um uso excessivo dos games online. Por exemplo, esta solução protege aos pequenos contra uma sobrecarga de tempo em frente a jogos que podem resultar viciosos.

Neste ponto é muito importante o uso de uma senha segura para permitir que as configurações de segurança complementares não sejam alteradas por outro usuário, que não sejam os pais. Apesar que para muitos pais o controle parental é apenas para bloquear o acesso à Internet, no entanto, o mais importante é apoiar-se sempre na educação das crianças.

Estes aplicativos de controle parental devem ser utilizados tendo em conta sua finalidade, considerando sempre a idade das crianças que irão utilizar os dispositivos para acessar à Internet. Não é o mesmo ter estes controles em computadores que utilizam crianças muito pequenas, para quem o acesso à Internet se baseia em jogar ou consumir material visualmente atrativo, e utilizá-los da mesma forma para dispositivos utilizados por adolescentes que trocam informações pessoais, conhecendo pessoas novas a cada dia. As duas situações são bem diferentes.

A confiança entre os pais e os filhos é fundamental para estabelecer um vínculo que realmente possa ajudá-los a aproveitar de forma segura a Internet. Se este tipo de ferramenta são utilizadas para espionar as atividades dos “pequenos” ou restringir de forma radical suas atividades pode gerar muito incômodo, por isso, é sempre melhor começar pela educação sobre o uso adequado do computador e da Internet.

O foco, então, deve estar sempre em fazê-los conhecer os riscos e perigos que representa o uso inadequado e deixar claro que as ferramentas de controle parental estão instaladas para sua própria segurança.