A Apple apresentou a segurança biométrica para iPhone pela primeira vez no lançamento do iPhone 5S, contando com o que a empresa descreve como um sensor laser “inteligente e preciso” para impressões digitais.
O sensor Touch ID é incorporado no botão Home do aparelho, e usa um cristal de safira cortado a laser para tirar imagens de alta resolução dos dedos dos usuários, e “analisa-las de forma inteligente” para fazer a identificação.
O sistema permite que os usuários destravem seus iPhones com um dedo – e façam compras seguras, ao menos nas lojas oficiais da Apple: iTunes Store, App Store e iBooks Store. Informações de outras companhias como HTC sugerem que modelos top de linha Android deverão oferecer também a tecnologia de autenticação por digital em seu hardware.
Sistemas biométricos anteriores embutidos em celulares, como o Motorola Atrix, foram altamente criticados por não serem confiáveis. A Apple alega que seu sistema se aprimora com o tempo, e é seguro o bastante para compras online.
“Toda a informação de digitais é encriptada e armazenada seguramente no Secure Enclave dentro do chip A7 no iPhone 5S; nada é armazenado nos servidores da Apple ou enviado para o iCloud”, relatou a companhia em um pronunciamento.
“O iPhone 5S é o smartphone mais avançado do mundo, oferecendo arquitetura do nível de computadores desktop na palma de sua mão”, disse Phillip Schiller, vice-presidente sênior de marketing global da Apple. “O iPhone 5S define um novo padrão para smartphones. Em seu bonito e refinado design estão embutidas funcionalidades que realmente fazem a diferença para os usuários, como o Touch ID, uma maneira simples e segura de desbloquear o telefone somente com o toque do seu dedo”.
Alguns comentaristas ficaram céticos, no entanto. Stephen Ebbett, diretor global da seguradora de gadgets Protect Your Bubble, disse: “Como especulado, o iPhone 5S da Apple apresenta o Touch ID, utilizando sensores baseados em impressões digitais – mas isso poderia se tornar mais uma firula que uma medida impenetrável de segurança nesse estágio”. Ele adicionou:
“Utilizar login seguro por digitais para compras no iTunes é uma boa adição, caso funcione. E com o advento da tecnologia de pagamentos sem fio, o ambiente móvel está pedindo por melhor segurança. Mas, mesmo que a biometria seja vista tipicamente como uma proteção mais robusta que o uso de senhas, fatores como suor, bolsos sujos, ambientes quentes e frios, exposição ao sol e outros podem afetar a sensibilidade e as condições de trabalho da superfície do sensor. Gadgets anteriores que traziam scanners de digitais se mostraram instáveis, e os usuários de smartphones terão de esperar até poderem experimentar o 5S para saber se a Apple pode oferecer funcionalidade biométrica que seja altamente aprimorada”.
Recentemente falamos sobre a biometria por batimento cardíaco, e, de acordo com Stephen Cobb, Pesquisador Sênior de Segurança da ESET, o momento pode ser o de aplicação em massa de biometria. Cobb diz: “A implementação bem sucedida de biometria em um segmento de produtos pode ajudar na aceitação do consumidor”, e complementa: “Eu sou um entusiasta da biometria como um fator adicional de segurança desde que comecei a pesquisar fatores múltiplos de segurança e sistemas 2FA 20 anos atrás, contudo, a adoção dos usuários é muito sensível à performance. Em outras palavras, o iPhone 5S pode ser um avanço para a biometria, ou desencorajar um monte de pessoas quanto à essa tecnologia”.
Redator ESET We Live Security